segunda-feira, 7 de maio de 2012

O senhor

Uma vez o encontrei em uma palestra na Cinemateca e ele me impressionou.

Era uma palestra ministrada em três línguas, inglês, francês e espanhol, eu peguei meu fone para não me perder com o meu francês truncado e meu espanhol limitado em "Hola que tal?" e "ventana", ele sem fone algum me inspirou quando falou com os palestrantes tendo total convicção de suas ideias, o via de costas, sentado na pl
ateia e me impressionava até o balançar da sua cabeça, seu cochichar com o rapaz ao lado, eu pensando "um dia vou ser igual a ele!" ,não quero usar fones de tradução por toda vida e quero falar com convicção sobre as minhas ideias.

Ao terminar a palestra, ele andou calmamente, lentamente, cabelos brancos, tive certeza; é um senhor!
Franzino, frágil, eu o olhava como se pudesse quebrar, todos olhavam admirados, ele chama a atenção.

Ontem, fui vê-lo novamente, ele estava lindo, camiseta branca, cabelos brancos, sem fragilidades ele tocou, cantou, dançou, não parecia o mesmo senhor que encontrei na Cinemateca, parecia um menino!

Ele animou a plateia, me emocionou e me fez pensar de novo: "um dia vou ser igual a ele"!
Sem fones de tradução, cheia de energia, convicta na fala, no canto, emocionarei plateias, desenvolta na dança e uma senhora menina!

Gil, obrigada.

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