Submoradias, erosão e descaso,
Aprisionamento estético e moral.
Pulo e correria.
Cada pulo sua solidão e nosso sofrimento.
Sofrimento é não ser o que poderia ter sido.
Pior ainda, é nem mesmo saber que podia.
Viver na inércia, a mercê do vento.
Dando pulo e correria...
Corre agora que a máquina vem quente,
Vem quente e querendo lucrar.
Corre bem meu filho,
Vai sem educação ganhar...
Um conto qualquer, ou roubar dignamente,
Vai ganhar o pão e vender a carne,
Que a moral vem atacar sua subversão,
Calar a sua boca cheia de pólvora.
A sua voz, não ouvirão.
Talvez escutem a bala quente.
A sua única arma de argumentação.
Por Fellipe Maciel
Uau... Que palavras em menino!
ResponderExcluirSão tocantes, mostra uma realidade que ninguém gosta muio de enxergar, mas mostra belamente.
Parabéns! Me tocou.
Elaine Geissler
Poesia com cunho social - as que eu, particularmente, mais gosto. Tem toda uma sensibilidade crua, que muita gente prefere não olhar. Mas essa bala quente, não há de ser a única forma de argumentar! É sim, a única forma de oprimir e reprimir os que apenas querem o pão de cada dia.
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